sábado, 17 de julho de 2010

Tem dias na vida...

em que você simplesmente não sabe o que lhe acontece. Você simplesmente acorda e faz. Quem dera a vida fosse menos complicada. Não digo que assim, complicada, ela tem mais graça... quem disse que a vida tem graça? Quem disse que é pra ter? No mais, estamos todos imersos no nosso próprio buraco, afundados em nossa própria desgraça. Em conflito com nossos fantasmas internos, com nossos eus perturbados e perturbadores. E um dia, apenas um dia, é o suficiente pra te trazer tudo isto à tona. Você está lá, acostumado com seu drama... você o disfarça com uma família, uma casa, um carro, um trabalho e alguns copos de bebida. "Choose life, choose a job..." não é de todo errado. Escolha o que você tiver de escolher para se distanciar de si mesmo e da tristeza que o mundo real lhe causaria. Feche os olhos, "living is easy with eyes closed". Mas às vezes você lembra... e ao longo da vida, da mesma forma que acumula amores, alegrias, alienações para todo o drama do sistema vigente, você acumula perturbações interiores. Quem dera pudéssemos escolher a parte de nossa memória que as drogas viriam a apagar depois de algum tempo de uso. Quem dera pudéssemos simplesmente entrar num consultorio médico e escolher "alguém" para nos ser arrancado da memória. Pois é, viver num mundo que os seus filmes criaram não é apenas mais uma tentativa de fuga desse caos? Bom, pode me julgar e me chamar do que quiser, mas, amigo, pode ter certeza de que estamos mergulhados no mesmo caos. Você, apenas é cego quanto a ele. E, sabe, sorte sua.