segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um povo sem passado é um povo sem futuro.

O povo brasileiro apresenta um sério descaso em relação ao conhecimento de sua própria história, o que acarreta na triste situação política que vemos se repetir no país desde o colonialismo. No século XXI, dito como era da informação, é desconfortante observarmos àqueles que detêm da educação de qualidade e dos meios de comunicação se recusarem à, por exemplo, obter dados sobre o passado dos candidatos que elegem. E, posteriormente, essa parcela privilegiada da população culpa as classes mais baixas pelos problemas políticos.
Isso prova que a falta de informação não é presente apenas naqueles não dispõem dela. O Brasil tem uma tradição falha em relação ao ensino de história. Muitas escolas e professores se preocupam demasiado com datas, nomes e acontecimentos, mas não com as implicações políticas, filosóficas e culturais destes. Ainda temos um leque enorme de eventos mal contadose que iludem o povo até hoje, como a Inconfidência Mineira, além de uma galeria de personagens pouco dignos que são heroicizados, como o famigerado Duque de Caxias.
Atualmente, a situação se mostra cada vez pior, beirando o caos, uma vez que o brasileiro simplesmente perdeu a memória de fatos políticos recentes, de no máximo duas décadas atrás. Não é por acaso que nosso Senado conta, hoje, com famosos protagonistas de escândalos políticos, inclusive o responsável pelo punico impeachment presidencial de nossa História, o que resulta numa não muito surpreeendente crise.
A questão é bem mais ampla do que mera conscientização. É hora de mudarmos o modo como encaramos a História. Esta precisa ser enxergada como ciência crucial para o nosso desenvolvimento científico, econômico e social. Precisamos perder a ideia obtusa de que esta é inútil por tratar apenas do passado, o que sequer é verdade. E, querendo ou não, é no passado e, consequentemente, na História, que encontramos todas as respostas para o futuro, que pode ser bem mais ameno com a nossa ajuda.

Um comentário:

João Vitor disse...

Po, você vai dar pra um bom professor...
Esse pode ser o prefácio do seu livro didático revolucionário, que tal? :D

Nada mais a declarar sobre.