sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Personalidades da História ao longo dos séculos.

Séculos XVI - Galileu Galilei
Galileu foi um dos mais significativos representantes do período conhecido como Renascimento Cultural, que marca a dolorosa transição feudo-capitalista da história ocidental. A Idade-Média, fechada em sua fé católica, economia autosuficiente e relações sociopolíticos rústicas necessitava de uma mudança brusca para ser esquecida e superada por outro modelo de produção. Tal transição ficou bastante estigmatizada na História devido aos inúmeros acontecimentos: renascimento comercial, urbano, cultural e reformas protestantes. Porém, é com o renascimento cultural que os dogmas da Igreja são contestados pela primeira vez, representando uma mudança no imaginário da população. Galileu é o que melhor representa tal postura já que foi morto pela inquisição católica em nome de suas crenças. Crenças não, quem tinha crenças eram os padres! Galileu tinha certezas, baseadas em muito cálculo e estudo, o que moldou os princípios da física, antes bastante rudimentar baseada apenas nos estudos de Aristóteles. Sem o renascimento científico propiciado por suas ideias, dificilmente teríamos as heranças do período transformadas em expansão marítma, mercantilismo e estruturação do capitalismo comercial.

Século XVII - Guilherme De Orange
Guilherme De Orange conduziu a chamada Revolução Gloriosa na Inglaterra. Antes do que em qualquer outro país, a Inglaterra substituiu o clássico regime absolutista por um regime parlamentarista, tendo, sim, um rei, mas de poderes limitados e apenas representativos. Tal fato é pouco difundido no estudo habitual da História, mas é tão importante quanto a Revolução Francesa do próxima século, pois é a primeira manifestação burguesa em busca de poder máximo. É tal advento que conduz a Inglaterra para o imperialismo e o status de suporpotência característico dessa nação até o século XX. Tal cenário, com o mundo submetido às influências da Inglaterra marcam toda a geopolítica dos séculos posteriores, sendo até mesmo um pouco presente hoje, onde a Inglaterra ainda é uma potência. A Revolução Gloriosa precede até mesmo as ideias iluministas, que tanto marcariam o próximo século, chamado século das luzes, por isso é um evento histórico extremamente peculiar em sua importância.

Século XVIII - James Watt
"A criatura é muito mais famosa que o criador". A máquina à vapor, invenção de Watt, é simplesmente a responsável pelo advento da Revolução Industrial, que se deu por volta de 1750. E a revolução é simplesmente a responsável pela consolidação do capitalismo como modo de produção vigente, pelo aumento desenfreado da produtividade, pela mudança nas relações de trabalho, pela situação social de eterna luta entre proletariado e burguesia, enfim, um marco da História da humanidade. O mundo é costumeiramente dividido em "pré-industrial" e "pós-industrial", o que detona a importância da realização de Watt.

Século XIX - Karl Marx
Se no século XVIII foi consolidado o capitalismo e todas suas características, incluindo as cruéis desigualdades sociais, no século XIX surgiu seu maior antogonista. O filósofo, sociólogo e economista alemão, Karl Marx, é responsável pelas teses que criaram o modelo de produção socialista. Marx, antes de tudo, fez um detalhado estudo acerca da História, dividindo-a em modos de produção e enfatizando, em todos os períodos, a luta de classes como fator impulsionador das mudanças decorridas ao longo do processo histórico. Dessa forma, no livro "Manifesto do partido comunista", de 1848, Marx e seu parceiro Friedrich Engels, convidam o povo à revolução. A revolução socialista, destituindo a burguesia de seus plenos poderes, instaurando uma justa ditadura do proletariado que, mais tarde, evoluiria para a real sociedade sem classes. Tais ideias foram as responsáveis por boa parte das revoluções ocorridas após tal data. Fica difícil imaginar o mundo como conhecemos sem as teorias desse grande teórico. O historiador Eric Hobsbwan chamou o século XIX de a "era das revoluções", e o século XX de a "era dos extremos". Tanto revoluções, quanto extremos, todos oriundos da luta ideológica entre capitalismo e socialismo, inciada com as teorias de Marx.

Século XX - Josef Stálin
Talvez seja Stalin a mais admirável personalidade de toda a História. Não levemos em conta boas ações, ou más ações, apenas ações. Mesmo não tendo sido o principal condutor da Revolução Russa, foi Stalin quem se imortalizou na figura de grande líder do império vermelho soviético. E é esse império que marca todo o século XX, já que a Revolução Russa, de forma indireta define os rumos da I Guerra Mundial e, de forma bastante direta, decreta o fim da II Guerra Mundial na batalha de Stalingrado. À frente dessa potência, Stalin criou para si uma imagem de grande professor e mestre, pouco condizente com a realidade, de ditador e fascínora. Mas não é isso que grandes líderes fazem? O modelo soviético, que bastante se diferia do modelo proposto por Marx, mas, mesmo assim foi o que mais se aproximou de um Estado socialista, suportou quatro décadas de confronto político e ideológico para com os EUA. Todos aqueles nascidos e criados durante os anos da Guerra Fria jamais se esquecerão da divisão ideológica, seprando de forma acirrada o mundo em direita e esquerda, capitalista e socialista, americano e soviético. Talvez essa divisão ideológica faça falta nos dias de hoje, repleto de seres apolíticos e apáticos.

Século XXI - George W. Bush
Eis o herdeiro caótico do fim da Guerra Fria! O século XXI está ainda em sua primeira década, o que impossibilita sabermos quem foi a personalidade que o marcou como um todo, mas, desde seu início, George Bussh é o melhor representante. Ele é a figura característico do mundo pós-bipolaridade. O mundo hoje, com poder hegemônico dos EUA, que confronta outras potências (União Europeia, Japão, China) apenas no âmbito econômico, não mais ideológico, é marcado pelo dissimulado imperialismo norte-americano. Que se deu, após os ano de 2001 (quando Bush assumiu pela primeira vez) na forma de guerras e tensões diplomáticas. Tensões estas nas quais os EUA afirma ter razão apenas devido à sua influência como potência mundial. Obviamente que esta atitude do país sempre esteve presente ao longo da História, mas Bush tornou o kitsch e exagerado extremo dessa situação. Constantemente ridicularizado pelas mídias de outros países, o presidente representou o máximo do liberalismo econômico contrastando com o conservadorismo político e o militarismo bélico. É a imagem do mundo globalizado, onde o capital é responsável por toda e qualquer ação tomada por parte dos grandes Estados. E, diferente do que se pensava, seu sucessor, mesmo negro e muçulmano (vide post anterior), de nada se difere. Logo, Bush é mesmo o melhor representante do recém iniciado século XXI, já que nos deixou de herança um mundo onde situações de guerra e confrontos estão muito longes de acabar, como muitos ansiavam com o fim da Guerra Fria e da ameaça nuclear.

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