domingo, 5 de julho de 2009

Big Brother is watching us.

O digníssimo prefeito de Mogi Mirim e alguns vereadores pretendem, em breve, aprovar uma lei de "toque de recolher" na cidade. A liberdade de menores de dezoito anos seria limitada após certo horário, onze horas da noite, presumo eu. Segundo os políticos e alguns promotores, a lei visaria o combate ao abuso de menores e violência contra os mesmos. Mas fica implícito também a suposta violência que menores possam vir a causar na cidade.
Bom, acho indiscutível o rigor de tal lei, que, ao meu ver, é um atentado à liberdade pessoal, que muitos insistem em dizer que possuímos há mais ou menos dois séculos. Os tempos de nefasta ditadura militar no Brasil já foram, mas, como fica cada vez mais evidente, muitos querem a volta desta, ou pelo menos de algumas medidas da época. Não seria mais fácil e eficiente o controle policial pela cidade durante as madrugadas, evitando vandalismos por parte dos menores, além de dar segurança àqueles que, inocentemente, vagam pelas ruas da cidade às quatro da manhã apenas visando voltar para casa?
O descaso das autoridades no Brasil sempre resulta nisso: medidas drásticas que pouco ajudam, apenas ferem mais. Seria indignante para mim, nos meus quase dezoito anos me submeter à tal medida. Bom, é como muitos sempre previram: os tempos do Grande Irmão nunca foram de todo fictícios na obra de George Orwell. Vamos lá, todos nós devemos submissão ao Estado em nome da ordem e do progresso! E pensar que o Brasil nunca foi um páis com hábitos de censor.

2 comentários:

Bruna disse...

você traduziu tudo o que eu pensava! muito bom!!

João Vitor disse...

Não vou gastar muitas palavras porque estou com a gripe suína dos brothers...
Eu adoro beber por ai, fazer uma algazarra e voltar as 4 horas da manhã a pé dos 'lugares'. Curto pular de costas no mato também... :D

Mas.... não acho o prefeito de todo errado. Pense bem à respeito.
Se é menor de idade, é menor de idade e ponto.
Você pode discordar da maioridade só ser atingida aos 18 (eu discordo), mas, quem é menor, não fica na rua de madrugada, a menos que seja sem-teto.