quarta-feira, 8 de julho de 2009

Brad Pitt, David Fincher e Benjamin Button.

Apesar de, hoje, Brad Pitt ser alvo constante da mídia, das produções sem cérebro hollywoodianas e dos tabloides, sua essência guarda um grande ator. Acho que não há nada melhor para exemplificar tal fato do que citar o eterno Tyler Durden de "Clube da luta". Na minha humilde opinião de fã , Tyler é o maior personagem da história do cinema. Mas óbvio que para tal, precisamos de um filme como "Clube da luta". Com um roteiro complexo, psicológico e chocante o filme é uma grande mensagem (mais uma vez) sobre a pobreza humana, o consumismo, a futilidade, tudo isso marcado por Tyler, aquele que todos homens gostariam de ser. Ele tem atitude, ele come a mulher que você deseja, ele rouba carros importados e mesmo assim consegue viver alheio à essa sociedade de consumo e marketing. Tudo o que ele precisa pra ser tão marcante é, simplesmente, uma casa caindo aos pedaços.
David Fincher, diretor que, ao meu ver, entrou prà história do cinema com essa obra prima, ainda tem no currículo o ótimo "Seven". Apesar duma caracterização mais pop, o filme é um suspense envolvente, de final surpreendente, roteiro inusitado e percursosr do gênero "Jogos mortais", que é, no mais, apenas uma cópia descartável. Brad Pitt, mais uma vez, atua excelentemente, dando toda a ingenuidade de que seu recém inciado detetive precisa, mas com igual fúria e paixão, pecados condenados no caso do filme.
O último trabalho de Fincher e Brad, o oscarazido "Benjamin Button", é outro acerto, tanto por parte do diretor quando do ator. Novamente tem uma modelagem mais popular, tem um tom épico de superprodução, mas acho que isso condiz com a saga do homem que nasce velho e morre como um recém-nascido. Uma metáfora brilhante sobre a vida, a morte, a experiência e o aprendizado. Será que é necessário, para o ser humano, um surrealismo desses, para entender o quão necessário nos é cada perda, cada percalço, cada caminho tortuoso? Como sempre dizem, o fim, nada mais é do que o fim. O acréscimo verdadeiro está no percurso.
Fincher pode, então, ser alçado a um patamar elevado na cinematografia mundial, já que comparado a atuais e mais cultuados diretores, desenvolveu obras incoparavelmente melhores. Brad Pitt, seu escolhido, contribui fortemente para tal e, desconsiderando os erros como "Troia", se consagra também um grande ator, desde (e principalmente) o início de sua carreira.

3 comentários:

Rafael disse...

''Tyler é o maior personagem da história do cinema.'' concordo, concordo e concordo sem nenhuma especulação. Tyler é genial, personagem genial, filme genial. Com certeza, é um soco na mente - assim como está na capa. Nos faz expandir a mente e refletir se realmente é o que compramos que nos garante a felicidade. Como diria Tyler ''o que você possui, acaba possuindo você''. e essa é a mais pura verdade. Quem daqui já se imaginou, pelo menos, um mês sem nosso magnífico computador ?

João Vitor disse...

Comentário no mínimo "alfinetante" acima, porém pertinente!

Lilia Branco Guimarães disse...

Concordo plenamente com vocês, personagem, filme e tema geniais...
Parabéns pela matéria.
Abraço.