Ah, a moda. Talvez seja ela a culpada. Talvez seja ela a maior praga da chamada pós-modernidade. Não apenas o fato de ela ser uma indústria que produz roupas a preços desumanos para serem compradas pelos ícones atuais desfilarem sobre tapetes vermelhos, mas sim a tentativa de unificar as pessoas em um único gosto literário, musical, cinematográfico e num único estilo.
A juventude atual se veste igual, compra, ouve, lê, vê as mesmas coisas e sequer se incomoda com isso. É assim que se incluem, se autoafirmam, se identificam. E tudo o que for um pouco diferente é excêntrico, bizarro, cafona e, é claro, chato! Filmes com grandes roteiros psicológicos são confusos e parados; livros clássicos da literatura são chatíssimos; músicas com letras trabalhadas e arranjo legal são pouco dançantes e, ah, o cantor já morreu, então deve ser péssimo. Pior do que a moda, apenas seus defensores, que são simplesmente os seres com menos argumentos possíveis. Eles apenas se alienam e se deixam levar, sem resistência alguma, pela mídia, pelo sociedade de consumo, e vão ingerindo diariamente altas doses de lixo vendido pelo Mercado, pelo marketing e pela mídia jovem. É como Aldous Huxley havia previsto, milhões de seres humanos iguais desepenhando a mesma função: comprar e obedecer, no caso.
É triste ver a que ponto chegamos e que a culpa é de nós mesmos, sociedade, que aceitou tais valores corrompidos em troca de um carro sport, uma jaqueta Armani e um livro da Stephanie Meyer, afinal, a felicidade nos dias de hoje se resume apenas nesses três valiosos itens.




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